Entro no quartel, como alguém que não quer nada, apenas para cumprimentar o meu amigo sargento.
Lá dentro estavam atarefados com olhares de nada perceberem. A sexta morte numa semana, era coisa a mais, e os homens da PJ, entravam e saíam duma sala e o meu amigo sargento corria atrás deles, intrigado com as investigações e o aparato das mesmas.
O Sargento apenas perguntava:
- Será da mesma série de mortes, todos os dias aparecem um morto! Exclamava com um ar de aborrecido.
-Assim parece, meu Sargento, assim parece,-respondia-lhe secamente um dos investigadores-, assim parece.
O modus operandi é o mesmo. Mas vamos caçá-lo, esteja descansado.
- Descansado! era bom! Terra tão pequena como esta, e numa semana já houve mais mortes que no último século.-retorquiu-lhe o sargento, nada contente.
As chefias deviam estar a apertá-lo.
- Maldita a hora que eu concorri para aqui! Exclamava foribundo e só se acalmou quando me viu.
- Professor! Então tudo bem.
-Tudo bem, -respondi-lhe eu. Atarefado com as mortes? Perguntei de mansinho.
- Nada...nada, apenas um caso igual aos outros cincos. Isto está a tornar-se repetitivo e até parece que só temos isto. Mas logo estou nos bombeiros para me distrair disto. Até logo, agora não posso conversar- despediu-se e desapareceu num ápice por detrás duma porta.
Vim-me embora sem nenhuma informação, não faz mal nenhum, logo apanhava-o no bar dos bombeiros a jogar dominó, mais descontraído e de língua fácil.
A passos largos dirigi-me para o café Trovisco, a minha salvação gustativa, era a hora de jantar.
O Café Trovisco era um bar que servia de restaurante, tendo á sua frente uma mulher da Eucísia de nome Aldina, mãos de cozinheira e trato fácil.
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