sábado, 11 de julho de 2009

TEORIAS E TEORIAS

Ao entrar no restaurante o balcão encontrava-se cheio de gente, com as goelas secas de tanto gritar.
Ninguém deu pela minha entrada e eu sento-me na mesa que habitualmente me sento, junto ao balcão de onde ouço todas as conversas do balcão e passo a transcrever.
Do Chico " Não me parece o modo de actuar dum bêbado, pois eu também gosto da pinga, e por vezes tropeço em tudo em casa e força? Viste-a! Nada. A minha cabeça está tão pesada que por vezes nem a cama encontro. Isto é obra de gente fina. Pedro mais uma taça de tinto"
Pedia o Chico ao Pedro uma taça dum tinto que lhe fazia esquecer as amarguras da vida.
Do Beto-rapaz esperto, apenas para aquilo que queria-"Esses marginais são espertos! Para roubar até matam. Para esses a pena de morte é pouco! Deviam sofrer como as suas vítimas. Isto parece uma maldição. A gente já não pode dormir sossegada. Antes deixava a porta aberta, hoje nem pensar! Esses drogaditos deram cabo do nosso sossego!"-sentenciou.
Da Dona Alzira- dona de casa nas horas vagas-"Deixem os pobres sossegados. Já morrem aos bocados pela vida que levam. Que vício haviam de arranjar, destroem-se a si mesmos e à familia. Que sina"
Do Magno o jardineiro-" Ervas daninhas, quanto mais se arrancam mais aparecem, é uma praga.
Mas devem ser tratados, pois fazem parte do nosso jardim. Outras flores do jardim também o estragam e fazem parte".
Do Pedro-" Em Lisboa isso é mato, transformam a sociedade, mas têm direito à vida".
Do professor- " É a vida"
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