Romance ficcionado dum mistério, escrito, se possível diáriamente para ti caro leitor.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
DE REGRESSO AO NINHO
terça-feira, 14 de julho de 2009
A MEIO DA SEMANA
sábado, 11 de julho de 2009
TEORIAS E TEORIAS
QUARTEL SITIADO
O meu estomago obrigou os meus passos a tomar a direcção do restaurante de forma acelerada.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
ENSINAR E APRENDER A APRENDER
Acho eu que eles já vêm formatados e depois o meio envolvente é que vai ser o factor decisivo.
O Homem veio a este mundo para ser feliz.
Mas este mundo cheio de vicissitudes e antagonismos, desejos e traumas vai moldando o homem e a mulher no bem e no mal e esta sociedade recolhe o que semeia.
Este meio rural com bons princípios e ar puro vai construindo os seus filhos de forma saudável fisicamente e intelectualmente, por vezes afunilando a compreensão do mundo e das coisas, pois o espaço de vivências é muito reduzido e os contactos sociais escassos.
Mas mesmo assim vão crescendo, e os pais vão aconselhando e agora nos dias de hoje quase se tornam uma autoridade ausente, consequência desta sociedade capitalista e liberal.
Trabalhar de sol a sol e a televisão em casa vai educando o pequeno, que vai consumindo tudo e ninguém lhe filtra a informação. Resultado uma catástrofe.
E chegam à escola onde tudo lhes será dado, o conhecimento e o filho um dia será doutor ou alguém.
Sem esforço, estudar custa mas a recompensa é enorme.
Nesta sociedade que é uma "selva" ou aceita e endeusa os seus expoentes máximos e esquece e manda para a fossa aqueles que não produzem.
É esta cega sociedade que temos, e de quem será a culpa? A sociedade é feita de homens, mas homens de sucesso que de afecto e amor pouco sabem!
Dinheiro!Dinheiro! Tudo se reduz a isso, tudo se faz por isso e se necessário calcam-se os mais fracos! Será que não há um lugar ao sol para os utópicos? Esses são os novos loucos. Fracos! Claro que não apenas querem ser felizes. E não pedem nada em troca a não ser que os outros sejam felizes e se faça um contágio.
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COMEÇAR O DIA NA ESCOLA
-Igor! Igor! - alguém me chamava perto do portão da Escola.
Não conseguia distinguir quem era, pois havia um magote de alunos junto ao portão, a pôr em dia as novidades.
Enfim, consegui ver quem me chamava, era o meu colega Octávio, professor de Matemática, de pequena estatura era por isso que se tornava difícil vê-lo.
-Então, já sabes as últimas. Prenderam o rodinhas. Coitado dele! Não chega direito ao quartel. Que mentalidades!
-É isso - concordei eu - mentalidades.
- Coisa de incivilizados, as pessoas em multidão ficam umas bestas.
-Psicologia de massas.
-Só isso não explica tudo -explica-me - também é do atraso intelectual e disto ser uma vila pequena ou uma aldeia grande é ainda muito rural e o povo resolve as coisas pelas suas mãos.
Estamos em Trás-os-montes, os transmontanos são boa gente e por vezes passam-se.
-A esta hora quem se está a passar é o rodinhas, nunca pensou estar nestes sarilhos, e o Sargento deve estar aflitíssimo.
- Não queria estar na pele dele! Referiu Octávio, com uma descompressão pessoal.
-Nem eu! Mas é o trabalho dele. Tem que o fazer bem, nem que dispare para o ar.
Isto hoje até parecia o Faraoeste, terra sem lei.
- Tantos índios e cowboys. Quem era quem? Esta história não vai acabar bem!
- No fim ainda nos vamos rir de tanta estupidez.
-Já tocou vamos indo senão levamos com o carimbo!
- Esta ministra só fez asneira. A culpa não é dela é de quem a deixa fazer tanta asneira! É o primeiro - observei.
E lá percorremos o caminho para a sala dos professores, onde levantamos o livro de ponto. O dia ia ser longo, uns a ensinar outros a aprender.
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sábado, 4 de julho de 2009
DIA DE NOVAS SURPRESAS
Soou um tiro e fez-se silêncio momentaneamente, mas foi sol de pouca dura, logo refeitos do susto a multidão tentava sacar um homem das mãos dos GNR.
Do cimo da minha varanda observa esta cena degradante da justiça popular.
Quem seria o desgraçado que tinha sido apanhado.
Vesti-me rapidamente e saí para a rua para me inteirar da situação.
Quem é- perguntei eu.
-É o rodinhas, é o rodinas. Apanharam-no e eu que bem que desconfiava dele. Alguém comentou.
E eu fiquei pensando como é que um desgraçado, drogadito, e marginal nas horas vagas, teria tanto engenho para eliminar seis pessoas de forma tão metódica e fria, sem sangue, sem desarrumação.
Enfim, o espectáculo seguia rua abaixo. Será que ele chegaria vivo ao quartel. O meu amigo Sargento ia ter um dia atarefado. E eu dirigi-me no sentido contrário em direcção à escola.
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sexta-feira, 3 de julho de 2009
DESCULPEM QUALQUER COISINHA
Hoje estou a escrever de novo, e desculpem caros leitores, pela minha falta, mas outros valores se levantaram, e me obrigaram a fazer esta pequena pausa.
Voltando ao bar.
Perdemos o jogo e tivemos que pagar a despesa- que é o café ou a mini ou o copo de vinho que consumiram durante o jogo. Barato.
- Então nada de novo no quartel- pergunta o cliente bombeiro.
O cadáver estava limpinho, nada de sangue, a porta direita e as janelas fechadas.
A PJ estava intrigada, recolheu o que tina a recolher e depois deram-nos ordem para levar o morto para a morgue-acabou de descrever o bombeiro a sua aventura.
-Pois é meia-noite e boa-noite- despediu-se de forma a não dar corda ao bombeiro.
-Boa-noite disseram todos os clientes daquela hora no bar.
Retirei-me e atravesso o Jardim municipal para chegar a casa.
Não é que tenha medo da noite, mas atravesso-o rapidamente pois a noite está fria, quase chega aos zero grau.
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quarta-feira, 1 de julho de 2009
NOVIDADES QUENTES E BOAS
O bar dos Bombeiros fica no próprio quartel dos mesmos, da Associação Voluntária dos Bombeiros de Alfândega da Fé.
Interior com cor dominante do vermelho e no centro uma lareira de calor com queima para espalhar o calor pelo bar todo, de inverno é o lugar ideal para se passar o serão, com todos os clientes à volta da mesma, já que ela é circular.
Um balcão grande a alongar-se pelo espaço longitudinal da sala, do outro lado uns sofás para casais se sentirem à vontada.
No fim da sala uma divisória de vidro para separar a zona de bar da zona de jogo, com um bilhar.
Na zona de fora uma esplanada, muito frequentada nos verões, que são quentes e secos, com vista sobre uma parte da vila.
Os jogos de dominó, de damas; encontram-se em cima das mesas da sala de jogo. O Sargento e dois colegas professores encontram-se numa das mesas de dominó e aguardam um parceiro, que por acaso sou eu, pois não se encontrava mais ninguèm aquela hora, estavam para chegar. Tomo o café e sento-me à mesa e o jogo começa.
-Então Sargento, já está mais calmo- observei.
-Dias díficeis, está tudo um reboliço e aqueles PJ a fussar em tudo e eu e todos os meus homens feitos homens de recados, nem têm tempo para uma cervejinha!
- Realmente! Isso não se faz ao menino Jesus? Há que apagar a sede- sentenciou o meu colega Octávio, professor de Matemática e desespera enquanto não chega a reforma.
-Ainda acontece qualquer motim no quartel, os homens andam estafados-retorquiu o sargento,indignado.
-Enquanto não se resolverem as mortes, e espero que não haja mais nenhum morto, a terra já é pequena e por este andar desaparece- disse eu.
Pois e ainda não temos pistas nem indícios nem testemunhas, nada andamos às cegas! Espero que o laboratório nos dê pistas.
-O que pensam que está por detrás deste crime?-Perguntei.
-É política ou rabo de saias! Quem sabe. Mas já são muitas mortes para ser natural. Ajuste de contas! Acho eu- responde sentencialmente o Sargento.
Mas olha para o Jogo pois estamos a perder.
Sim era verdade mas com este tema não havia cabeça para se concentrar no jogo.
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